Bem vindo
Login

Tiago Sousa - Sunflowers

Adicionado há by Manuel Melo em Experimental Industrial Letra T
242 Visualizações

Obrigado! Partilhe com os seus amigos!

URL

Fez dislike a este vído. Obrigado pelo seu feedback!

Sorry, only registred users can create playlists.
URL


Descrição

"Sunflowers" by Tiago Sousa from de Album "Ripples On The Surface"

Cinematography by Mário J. Negrão | https://chamferism.com/

Performance by Patrícia Mushi Almeida

[EN]
Releasing music since 2006, Tiago Sousa is one of most talented and heartfelt pianists of his generation. His compositions are soulful, generous, and mindful. He has released records on Immune, Discrepant and for years oversaw Merzbau, a visionary Portuguese label that inspired many of his generation in the mid-2000s. After years of flirting, we are very happy to announce his first release on Holuzam, “Ripples On The Surface”.

The opener “Sunflowers” knocks on the door of Steve Reich – “Music For 18 Musicians” – and Manuel Göttsching if he had forgotten to press “house mode on” on “E2-E4”. It is new ground for the pianist Tiago Sousa. He has spent the last decade and half building momentum for this, breaking from a classical/contemporary aesthetic to a composition layered with minimalist and mechanical ideas that manifest Tiago Sousa talent at his best.

“Ripples On The Surface” follows the first volume of “Organic Music Tapes” (Discrepant / Sucata Tapes), a series which the musician will be trying different approaches to the piano aiming for a more organic sense of creating music. Not that his music needed more heart, but it is admirable that he keeps pushing boundaries and he is at a stage in his career that he can attempt grandiosity with a piece like “Sunflowers”.

Mind-blowing at least, so much that what comes after seems to acknowledge that. The next three tracks – “Red Pine”, “Blossoms” and “The Time Binder”, with an “Interlude” in the middle – are more calm, relaxing, forcing you to come down from the peak escalated with “Sunflowers”. It is a subtle descent into reality, all part of the whole. “Ripples On The Surface” is, also because of that, his most accomplished record to date.

[PT]
Num período particularmente rico na criação de Tiago Sousa - as explorações sonoras da série “Organic Music Tapes” assim o comprovam -, “Ripples On The Surface” ouve-se como um estágio de salto. Habituado a compor com um desejo de procura e descoberta, o pianista e compositor está desde 2006 – ano em que começou a editar em nome próprio – num processo de constante evolução. Isso acontece de forma aberta, partilhável, a música de Tiago Sousa existe como um acontecimento relacionável, genuíno e honesto.

Assim, “Ripples On The Surface” ouve-se como um passo dessa evolução, distante de uma sugestão de pico: é um músico ainda em crescendo. Só que ao viver no presente, ao ouvir esta música no presente, torna-se irresistível olhar para estas cinco peças como um momento chave. Até porque “Sunflowers”, a peça de quase vinte minutos que abre este álbum, atravessa a clássica e a contemporânea sem fronteiras óbvias, enquanto fecha Steve Reich – “Music For 18 Musicians” – numa processo condensado de harmonias que relacionam música cósmica, com new age e minimalismo. Por outro lado, “Sunflowers” bate – sobretudo nos seus primeiros minutos – como uma homenagem a Manuel Göttsching se este tivesse desligado o botão house em “E2-E4”.

As intenções de novidade podiam ficar-se por aqui. Mas em “Red Pine” Tiago Sousa volta a surpreender, com uma peça mais aberta que liberta da tensão – ou da beleza ofegante, conforme se queira ver – de “Sunflowers”. Há qualquer coisa de triunfante que começa aqui, como se a primeira peça fosse um grito de elevação e, o que se segue, um abraço ao belo e a emoções que o pianista pretende revistar.

Como se tudo o que vem depois de “Sunflowers” fosse uma segunda parte, uma forma de Tiago Sousa apaziguar a catarse da abertura: voltando ao pianista que conhecemos de outros álbuns, mas desafogado e sem um qualquer peso nos ombros. “Blossoms” não é um lugar estranho no seu espólio, mas nunca o fez de forma tão relaxada e desconcertante. É de ir às lágrimas. No final, “The Time Binder” fideliza uma ideia de infinito que parece romper a cada momento de “Ripples On The Surface”. E se dúvidas até aí existiam, no último tema concretiza-a com grandeza. Termina-se com as mesmas certezas: Tiago irá para outro lado, certamente, depois disto. Felizmente passámos por aqui.

LINK para o álbum: https://holuzam.bandcamp.com/album/ripples-on-the-surface

Comentar