Depois de dois EP’s lançados - "Democrash" em 2016 e "909democrashdrug" em 2018 - surge a necessidade de criar um LP com mais faixas e um trabalho mais maturado assente na concepção de uma base sólida e uma estrutura capaz de conquistar um horizonte mais longínquo e uma maior quantidade de pessoas.
Mantendo-se fiel aos princípios dos Democrash, "Propelled By Gas From Cans Of Soda" traz uma espécie de explosão de sentidos, de ideias e conhecimento musical que, se agitado, se pode perfeitamente espalhar pelo mundo como se fosse um refrigerante sonoro. O título guia-nos, também, até ao desencanto da 6ª extinção e da inevitabilidade de o mundo passar, agora, para as baratas, os ratos, as gaivotas e os pombos.

Numa era em que se dá primazia ao electrónico, ao computorizado, à aparência, ao fácil e ao rápido, o gosto intrínseco pela música e pelo som que sai de cada instrumento quando explorado e sentido une-se à experiência que a passagem por diversos palcos do país proporciona dando cada vez mais a certeza a cada um dos elementos dos Democrash que a energia visceral, orgânica e explosiva dos instrumentos, tal como aquela que se partilha e recebe em cima de um palco são o mais importante caminho a seguir.
Assim, surge a aposta num rendilhado aprofundado de interligação sonora e experimental entre os instrumentos e o resultado de uma possível performance de libertação e expressão artística que poderá ficar em loop na cabeça de muitos espectadores.
Este disco aprofunda a essência orgânica da banda focando a energia em guitarras gritantes, reverbs atordoantes, electrónicas enlouquecidas, um baixo musculado, sopros cativantes, uma bateria a beber um cocktail que mistura o néctar nova iorquino dos anos 70 com a revolta londrina da mesma década e uma lírica baseada numa crítica à destruição dos recursos e a uma sociedade baseada no consumismo, aparência, futilidade e facilitismo da qual cada vez se distanciam mais. Como a música é, sempre foi e sempre será um veículo de transmissão de ideias e mensagens, para além de ser uma forma de expressão individual e colectiva, podemos encontrar aqui uma chamada de atenção face à conjuntura actual onde a inércia e preguiça mental sobrevoam grande parte das mentes e onde cada vez mais se nota que a decisão de seguir um rebanho não se faz por pensamento ou intuição mas sim por estar na moda ou ser imposto de alguma maneira.
A exploração de uma vertente ainda mais electrizante, artie e algo experimental faz com que a banda mature e queira dar o passo da construção deste disco onde se podem encontrar influências de maior relevo como Gang Of Four, The Flaming Lips, The Talking Heads, The Velvet Underground e Wire, entre outros.
"Propelled By Gas From Cans Of Soda" tem a participação de João Nunes e Mimi Tavares e saiu no dia 23 de Maio com os selos da Vinil Experience e da Raging Planet com apresentação no dia 27 de Maio no Village Underground, que contou com surpresas especiais.

BIOGRAFIA
Os Democrash começaram em meados de 2014 a tocar o que sabiam e lhes apetecia sem estarem preocupados com o resultado final. Cruzando o rock com o punk e o funk, new wave/no wave, electrónicas vintage e white noise, performance e art punk, deixando sempre muitas arestas por limar numa conjugação de energia aplicada aos instrumentos e aos microfones, conferindo ao seu som final um ambiente de inacabado com uma carga explosiva gritante.
Os temas de Democrash falam essencialmente do que é (ou não é) a arte, a fama, do que faz ser-se reconhecido, dos clichês do rock e das estrelas de rock e dos críticos de música. A sua sonoridade também se inspira em ficção científica (em Philip K. Dick), em art brut e em desdobramentos de personalidade... As faixas são cruas e remetem a um punk meio rock, meio garage a cheirar a anos 70/80. A energia e garra que depositam na música que lhes sai do corpo e mente, realça-se com o que conseguem transpor ao ouvinte e degustador que, de súbito, se sente invadido por um turbilhão de sensações que o fazem abanar.
Nos últimos anos tocaram em algumas das salas icónicas do circuito rock de Portugal, como o Sabotage Rock Club, o Popular Alvalade e a SMUP. Passaram por festivais como o festival Gliding Barnacles, Festival Impulso, Festival da Maiorga, NOC NOC em Guimarães e o Caldas Late Night...
Actualmente formados por Octávio Nunes (ex- Red Beans, na voz, guitarra e electrónicas), Ricardo Rezende (baixo, back vocals), Rui Garrido (guitarra), Vitor Martins (sax, guitarra, percussão, back vocals) e Zé Fontainhas (bateria), lançaram o seu primeiro álbum em Janeiro de 2016, gravado nos estúdios Tcha-Tcha-Tcha, em Lisboa, e misturado por Joe Fossard (Tina and The Top Ten, Red Beans, Ithaka etc); o segundo trabalho, lançado em Junho de 2018, é um EP gravado no velho e reabilitado vinil. Tem como nome "909 democrash" drug e foi misturado a final por Nuno Monteiro e Gonçalo Formiga, numa co-edição com a Vinyl Experience e ajuda da Raging Planet.
Para o relançamento contaram com dois convidados muito especiais: Rodrigo Amado, saxofonista de renome que colabora num dos temas do EP ("Democrash") e, ainda, Gomo, vocalista e multi instrumentista.

IMPRENSA

Em 27 de Junho de 2018 foram surpreendidos com o contacto via e-mail de Paul Cox:

“Hi guys - I bought the record in Vinyl Experience this week. I would love to play tracks on our London radio show 'Artrocker' but I need digital of the tracks. Any chance you could send me digital please? Best wishes, Paul PS - come to the UK !!!!”
Ao investigar, descobrem que Paul Cox é um radialista criador do Artrocker Magazine e ligado ao movimento Artrocker (coletivo baseado no Reino Unido envolvido em promoção e publicação de música) que tinha vindo passar um fim de semana a Lisboa e entrou na loja da Vinyl Experience - no prato do gira discos estava a tocar o nosso EP "909democrashdrug"... O Paul Cox, sem saber o que era, gostou, comprou, levou o disco consigo para casa e lá chegado perguntou se podia passar a música dos Democrash no seu programa de rádio!!! O tema "Feedback is my drug", que fecha o lado B do disco passou no dia 3/7/18 com honras de fecho do programa e vários rasgados elogios por parte do Paul Cox (responsável por ter sido o primeiro a levar ao UK bandas então emergentes como os Yeah Yeah Yeahs e os Black Keys e o primeiro a fazer concertos em Londres dos Datsuns, Maxïmo Park e The Futureheads)! Ao minuto 1'25''05 do programa pode ouvir-se o senhor a dizer "we want to bring them over...", que em português significa queremos trazê-los cá para tocar. Pode ouvir-se aqui: https://www.mixcloud.com/PaulArtrocker/artrocker-radio-3rd-july-2018/ Paul Cox passou ainda mais duas vezes Democrash no programa, a 10/7/18 (https://www.mixcloud.com/PaulArtrocker/artrocker-radio-10th-july-2018/) e 17/7/18 (https://www.mixcloud.com/PaulArtrocker/artrocker-radio-17th-july-2018/) sempre com honras de fecho de programa e belíssimos elogios.

“Uma óptima surpresa, este primeiro Disco dos DEMOCRASH!” - Zé Pedro (Xutos & Pontapés) in Zé Pedro Rock’n’Roll, Rádio Radar

“Intenso, sem adornos, directo. Para nos fazer lembrar a energia primordial do R&R” - Nuno Galopim

“Entre a Lisboa de 2016 e a Nova Iorque de 1978 fica um espaço onde a electricidade corre livre. os DEMOCRASH ocupam esse espaço com pura classe!” - Rui Miguel Abreu

https://democrash.bandcamp.com/album/propelled-by-gas-from-cans-of-soda

https://www.facebook.com/thisisdemocrash
https://www.ragingplanet.pt/

©2022 Raging Planet (AS/RP365)

Os Democrash são:
Octávio Nunes: voz, guitarra, electrónica
Ricardo Rezende: baixo e voz
Rui Garrido: guitarra e voz
Vitor Martins: saxofones tenor e barítono, guitarra, pandeireta, batuque e voz
Zé Fontainhas: bateria e voz

Letras de Octávio Nunes
Música de Democrash

Convidados especiais:
João Nunes: Microbrute e Polivox nas faixas 1, 2, 7, 8 e 10
Mimi Tavares: voz na faixa 2

Gravado no Bela Flor Recording Studios em Outubro de 2019 e Janeiro de 2022
Gravado por Nuno Monteiro, Alexandre Bandola e Daniel Silva
Misturado e masterizado por Tiago Sábio
Produzido por Democrash e Eliana Berto
Design por Rui Garrido

1. End Of The Road (2:49)
2. Too Much Dancing (4:13)
3. Trash A Hotel Room (1:49)
4. No One Else To Destroy (3:01)
5. Goin' Up / Comin' Down (7:46)
6. Tiny Retro Organs (5:14)
7. (I Could Be On) Television (3:30)
8. Crashing Mercedes (2:00)
9. The Size Of France (4:00)
10. No God In The West (6:13)