Artigos

Último Podcast (20 Abril 2024)

Podcast

Entrevista com The Dust

Entrevista com The Dust

Entrevista com Tó Trips

Entrevista com Tó Trips

Entrevista com Rui Reininho

Rui Reininho

Entrevista com Doutor Assério

Entrevista com Doutor Assério

Emissão em Direto (Sádado 12-15)

Clica para ouvir

Num pequeno parêntesis e depois de confirmarmos a desterritorialização e o transnacionalismo da nova música improvisada, podemos - apenas pela referência ao passaporte - declinar alguns nomes nacionais, tendo sempre em conta que a capilaridade estilística e o intercâmbio, são apanágio desta arte musical.

Podemos, por ordem cronológica e desde os finais da década de 1960, alinhar algumas figuras relevantes da música portuguesa, artistas com carreiras comprometidas no projecto da improvisação contemporânea; todos foram de certa maneira polinstrumentistas (e.g. sopro, corda, percussão, vocalismo; ou com inclinações electroacústicas, concretistas e, recentemente, informáticas); auto-produtores e engenheiros do seu próprio  som; relacionaram improvisação musical com interacções artísticas e tecnológicas.

Os mais importantes improvisadores portugueses são aqueles que conheceram mais internacionalizações, em  interacções qualitativas e quantitativas e participaram em realizações de decisão e intervenção originais como compositores/intérpretes, mesmo em criações inéditas e consideradas pela História da Música Contemporânea  (e.g. Carlos Zíngaro, violino, arranjo, electronics, computação, primus inter pares; Jorge Lima Barreto, piano, teclados, electronics; Plexus; Anar Band; Carlos Bexegas, flauta, electronics; Telectu; Miguel Azguime, percussão, electronics, computação; Vitor Rua, guitarra, arranjo, computação, electronics; Nuno Rebelo, guitarra, electronics; Rafael Toral, guitarra, electronics, computação; e.a.)

Podemos levantar en passant outras significativas figuras solísticas, grupais, incidências organigramaticais e técnicas: (e.g. Sei Miguel, trompete, arranjo; Zé Oliveira, traps; D.W. Art; António Duarte, electronics; Moeda Noise; Miso Ensemble; Zé Ernesto Rodrigues, viola; Paulo Curado, sopros; Rodrigo Amado, sopros; Luis Desirat, bateria; David Maranha, heterofones; Osso Exótico; Vidya Ensemble; Bruno Pedroso, Marco Franco, bateria; Manuel M. Mota, guitarra, fingerpicking; Rute Praça, violoncelo; Vitriol; João Paulo, piano; Gonçalo Falcão, guitarra; Kromlecs; Tozé Ferreira, Emilio Buchinho, P. Raposo, Carlos Santos, Nuno Tudela, Vítor Joaquim, André Gonçalves, o projecto Granular, acções em electronics, video, interacção, tempo real, live processing, computação e/ou lap top; etc...).

Num caracter idiomático da música popular portuguesa o guitarrista Carlos Paredes é facile princeps da improvisação, à qual se dedicou generosamente.

Soslaiemos algumas discursividades improvisadas por intérpretes classicistas (e.g. João Pedro Oliveira, órgão; António Victorino D´Almeida, piano; Pedro Carneiro, percussão, e.a.); devaneios de conspícua qualidade pop; ou improvisadores parajazzísticos em interlúdios de improvisação total, do solo ao pequeno conjunto, aquando  declinaram momentaneamente a ortodoxia do Jazz, i.e. os que viveram em profundidade a ousadia do discurso sem restrições em situação de registo fonográfico ou em concerto no âmbito da improvisação (e.g. os contrabaixistas Jean Saheb Sarbib, Zé Eduardo, Carlos Barretto, Carlos Bica; os sopradores Rão Kyao, Carlos  Martins, Laurent Filipe; o pianista António Pinho Vargas; a vocalista Maria João; os guitarristas José Peixoto, Paulo C. Martins; os bateristas/ percussionistas Mário Barreiros, A. Salero, José Salgueiro, e.a.).

Houve e há inúmeros textos avulsos sobre a matéria em publicações periódicos, revistas, catálogos, livros; esboça-se um círculo de editoras discográficas dedicadas à especialidade e, organizaram-se festivais ou eventos de grande nível internacional, exclusivamente dedicados à nova improvisação, os quais estimularam esta liberdade estética dos músicos portugueses.

Não devemos descuidar as acções interartísticas constantes do vademecum da improvisação musical - esta seita sempre foi resgatada por outras artes (e.g. dança, teatro, vídeoarte, performarte, cinema, instalação, escultura, ambiências e outras funcionalizações por qualquer motivo cultural; houve poliartistas arroláveis que apostaram como protagonistas de música improvisada); consideremos aqui a categoria do "não-músico" como um assumido estigma futurista (e.g. Ernesto de Sousa, Puzzle, António Palolo, Constança Capdeville, L. Bragança Gil, Projecto /Progestos, António Olaio, Pedro Tudela, José Eduardo da Rocha, Paulo Eno, No Noise Reduction, João Paulo Feliciano, João Fiadeiro, René Bertholo, Adriana Sá, e.a.). Alguns poetas e declamadores líricos e /ou concretistas trabalharam em interacção coma improvisação musical; (e.g. E.M. Melo e Castro, João Perry, Eugénio de Andrade, Artur Bual, Ana Hatherly, e.a.).

De qualquer maneira está criado um círculo artístico de músicos e musicógrafos devotados à improvisação.

TEXTO DE JORGE LIMA BARRETO- Lisboa, 25 de Abril de 2004 - D.R.

Parcerias

 
A Trompa Triciclo NAAM Ride The Snake Larvae Records

Parcerias Software Livre Audio

 
Rivendell - Radio Automation Mixxx - Free DJ Mixing Software Paravel Systems

Contactos

Manuel Melo
Av. D. Nuno Álvares Pereira, 215
Apartamento 23
4750-324 Barcelos

Email: sinfonias[inserir o belo e sedutor símbolo da arroba nesta posição]sinfonias.org

Telefones: 253 044 720; 933 595 923

Não esquecer: se for para tocar no programa, devem enviar faixas audio em qualquer formato (de preferência com o mínimo de compressão).
O software de automação do Sinfonias de Aço é dedicado e não toca streamings.